sexta-feira, 25 de julho de 2008

ACENTUAÇÃO GRÁFICA - ACORDO DE 1990


Tentámos, aqui, resumir as regras de acentuação gráfica, de acordo com o que foi estabelecido durante o acordo de unificação gráfica, de 1990, em Lisboa. Dividimo-las em 10, conforme segue abaixo, para facilitar a compreensão:




01. OXÍTONAS:

Acentuam-se as palavras cujo acento tônico/tónico recai na última sílaba e que são chamadas de oxítonas terminadas em:

a, e, o, eu, ei, oi (essa sequência de ditongo tônico/tónico), em, seguidas ou não de s. É interessante observar que a letra S, por ser na maioria das vezes, indicador de plural, acompanhará todas as regras.


Ex.: café, você, vocês, cipó, caratê, também, poréns, anéis, anzóis, marajá, comprá-la, vendê-lo.


NOTE:

  • bebê - bebé
  • nenê - nené
  • bidê - bidé
  • provém - provêm
  • contém - contêm

02. PAROXÍTONAS:

Acentuam-se as palavras cujo acento tônico/tónico recai na penúltima sílaba e que são chamadas paroxítonas terminadas em:

i, u, n, x, r, l, ps, ditongo.

Ex.: biquíni, tórax, fórceps, carácter, hífen, bênção, série

NOTE:

  • xénon - xênon
  • pénis - pênis
  • sémen - sêmen
  • vénus - vênus

É FACULTATIVO:

  • cantámos - cantamos (pretérito perfeito)
  • louvámos - louvamos(idem)
  • amámos - amamos (idem)

03. PROPAROXÍTONAS:

Acentuam-se todas as palavras cujo acento tônico/tónico recai na antepenúltima sílaba e que são chamadas proparoxítonas, sem exceção.

Ex.: árvore, tétrico, lâmpada, Cleópatra

NOTE:

  • fenómeno - fenômeno
  • Amazónia - Amazônia
  • dinámico - dinâmico

04. Não se acentuam os ditongos abertos eu, oi, ei

Ex.: ideia, boleia, alcaloide, apoio

05. Acentuam-se:

  • pôde (pret. perf.) - pode (presente)
  • fôrma (substantivo - forma (verbo)
  • têm (plural) - tem (sing.)
  • vêm (plural) - vem
  • pôr (verbo) - por (preposição)

06. Não se acentuam mais:

  • para (verbo)
  • pelo (verbo)
  • pelo (substantivo)
  • e demais pares homófonos ou homógrafos

07. EE, OO perdem o acento da primeira vogal.

Assim: voo, leem, veem, coo

08. MONOSSÍLABOS TÔNICOS/TÓNICOS

Acentuam-se os monossílabos tônicos/tónicos formados por a, e, o, eu seguidos ou não de s

Ex.: pá, pé, pó, céu, pás, céus

09. Acentuam-se o I e o U tônicos/tónicos quando formarem hiato com outra vogal anteposta, e vierem seguidas ou não de S.

Ex.: saúde, saída, Itaú, balaústre

Mas não: baiuca, boiuno, rainha, fuinha

10. TREMA

Não se utiliza mais o trema (¨) para indicar prolação do U em palavras da Língua Portuguesa ou aportuguesadas (sequência, linguiça). Seu uso se restringe a termos de origem estrangeira e seus derivados.

Ex.: Müller, mülleriano etc.




domingo, 20 de julho de 2008

GABARITO

RESPOSTA DAS QUESTÕES ANTERIORES

01. Trata-se de uma questão que envolve aspecto verbal. A resposta correta é a alternativa E, ou seja, aspecto terminativo. A ação foi encerrada há pouco.

02. Alternativa correta: B

03. (A) questiona a própria atitude de excessiva confiança noscomputadores.

04. (D) "senhor computador"

05. (C) passam para o computador apenas a versão final do texto.

06. (C) Pânico

07. (B) "...os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo pino,"

08. (D) peremptoriamente (l. 16) = de forma hesitante, vacilante.

09. (A) Dedicava-se a crônica semanal com prazer.

10. (D) "... até que a redação do jornal me telefone..." (l. 14-15) - (lugar)

11. (E) Sou eu quem dependo mais dele.

12. (D) "fazemos compras..." : fazemos-las.

13. (A) monitorava - assessor.

14. (E) previu - mantivesse.

15. (B) com que.

ATÉ BREVE!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

QUESTÕES DE CONCURSOS





AGENTE ADMINISTRATIVO - TCO - RO


LÍNGUA PORTUGUESA I
O SENHOR COMPUTADOR


1 Acabo de perder a crônica que havia escrito. Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta, desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores. E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil, que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina com ele.

11 Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores indolentes virou um clichê, um subgênero batido como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho opção que não seja registrar meu desalento com as máquinas nos poucos minutos que me restam até que a redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente esse texto.

17 E registrar a decepção comigo mesmo – com a minha dependência estúpida do computador. Não somente deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no computador, vamos ao cinema no computador, fazemos compras no computador, amigos no computador. Música no computador. Trabalho no computador.

22 Escritores mais graduados me confessam escrever somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o texto para o computador, "quando já está pronto". Faço parte de uma geração que não apenas cria direto no
computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina branca do processador de texto, encarando uma tela que esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas, "o mundo ao toque de um clique".

29 Nada mais ilusório.


O que assustou por aqui foi minha sincera reação de pânico à possibilidade de perder tudo – como se a casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil músicas em cada um dos computadores – a cópia de segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria impossível que os dois quebrassem – "ainda mais no mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.

37 Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do computador, espero.
CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

1. "Acabo de perder..." (l. 1)
A locução verbal nos informa que se trata de:
(A) início da ação.
(B) ação iminente.
(C) ação em desenvolvimento.
(D) repetição da ação.
(E) término recente da ação.

2. "Acabo de perder a crônica que havia escrito." (l. 1)
A frase acima indica que o autor refere-se ao(à):
(A) extravio do original manuscrito da crônica.
(B) sumiço de seu texto que estava no computador.
(C) dificuldade de ler o próprio rascunho.
(D) sua momentânea falta de inspiração.
(E) sua incapacidade de pensar longe do computador.

3. Conforme o segundo e o terceiro parágrafos, pode-se afirmar
que o autor:
(A) questiona a própria atitude de excessiva confiança nos
computadores.
(B) reprova o processo de trabalho dos escritores de
gerações anteriores à sua.
(C) põe em dúvida a capacidade profissional de técnicos
em informática.
(D) desiste de vez do computador, sem esperança de
recuperar seus arquivos.
(E) sugere e propõe-se a divulgar algumas inovações
tecnológicas.

4. "com a minha dependência estúpida do computador." (l. 17-18)
Essa dependência justifica o emprego da expressão:
(A) "carroça de mesa" (l. 7-8)
(B) "computadores indolentes" (l. 15-16)
(C) "subgênero batido" (l. 16)
(D) "senhor computador" (l. 25)
(E) "Escritores mais graduados" (l. 29)

5. "Escritores mais graduados..." (l. 22) revelam-se mais
cautelosos que o cronista porque:
(A) têm bom conhecimento de informática.
(B) jamais usam um processador de texto.
(C) passam para o computador apenas a versão final do texto.
(D) dão preferência aos modelos mais simples de computador.
(E) continuam fiéis à antiga máquina de escrever.



6. Assinale a palavra que, no texto, se aplica à reação do cronista diante da possibilidade de perda total de seu arquivo.
(A) Desalento. (B) Decepção.
(C) Pânico. (D) Conflito.
(E) Subordinação.

7. Assinale a passagem em que predomina o uso da linguagem informal.
(A) "Sequer tenho onde reescrevê-la," (l. 1-2)
(B) "...os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo pino," (l. 5)
(C) "Mas não tenho opção que não seja registrar meu desalento com as máquinas..." (l. 13-14)
(D) "Teclamos com olhos dilatados e dedos frementes..." (l. 25-26)
(E) "Se nada recuperar, vou me sentir infinitamente livre..." (l. 37)

8. Há ERRO no significado atribuído à palavra:
(A) agruras (l. 12) = dificuldades, aborrecimentos.
(B) indolentes (l. 12) = inertes, preguiçosos.
(C) desalento (l. 14) = desânimo, abatimento.
(D) peremptoriamente (l. 16) = de forma hesitante, vacilante.
(E) frementes (l. 26) = trêmulos, agitados.

9. Assinale a única frase em que o a deve receber acento
indicativo de crase.
(A) Dedicava-se a crônica semanal com prazer.
(B) Pegou um lápis e pôs-se a trabalhar.
(C) Leu o texto de ponta a ponta.
(D) A crônica fazia referência a pessoas comuns.
(E) Algumas vezes dirigia-se a seu computador.


10. A idéia introduzida pela conjunção em destaque está em
DESACORDO com a que vem indicada entre parênteses em:
(A) "... como um cachorrinho..." (l. 7) - (comparação)
(B) "Farei isso, pois, com os leitores." (l. 11) - (conclusão)
(C) "Mas não tenho opção ..." (l. 13-14) - (oposição)
(D) "... até que a redação do jornal me telefone..." (l. 14-15) - (lugar)
(E) " ‘quando já está pronto.’ " (l. 23-24) - (tempo)

11. Todas as frases abaixo estão corretas quanto à concordância
verbal. Uma delas, porém, admite uma outra concordância
também correta. Assinale-a.
(A) Atende a diferentes propósitos o uso do computador.
(B) Precisa-se urgentemente de um novo computador.
(C) Nunca se venderam tantos portáteis.
(D) Malograram todas as suas tentativas.
(E) Sou eu quem dependo mais dele.

12. Há ERRO na substituição do termo destacado pelo pronome
pessoal oblíquo correspondente em:
(A) "desenhando garranchos..." : desenhando-os.
(B) "...discutir a relação homem-máquina..." : discuti-la.
(C) "...registrar meu desalento..." : registrá-lo.
(D) "fazemos compras..." : fazemos-las.
(E) "passam o texto..." : passam-no.

13. Um dos rapazes ____________ as máquinas e o outro era
_____________ de imprensa.
A opção cuja forma dos vocábulos completa correta e respectivamente
a frase acima é:
(A) monitorava - assessor.
(B) monitorava - acessor.
(C) moniturava - assesor.
(D) moniturava - ascessor.
(E) munitorava - assessor.

14. Não ____________ o que iria acontecer, mas era necessário que ____________ a calma.
As formas verbais que preenchem, nesta ordem, as lacunas,
são:
(A) preveu - mantivesse.
(B) preveu - tivesse mantido.
(C) preveu - mantesse.
(D) previu - mantesse.
(E) previu - mantivesse.

15. A situação ___________ se deparou o surpreendeu.
Tendo em vista a regência verbal, a opção que completa
corretamente a frase acima é:
(A) a que.
(B) com que.
(C) de que.
(D) para que.
(E) sobre a qual.


Na próxima postagem traremos as respostas.


Até breve!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

JOGO DOS ESTRANHAMENTOS


Leia o texto abaixo e identifique pelo menos OITO estranhamentos com relação à língua Portuguesa que utilizamos aqui no Brasil:


Ora bem, nada melhor do que terminar um estágio com um jogo-treino bem conseguido, perfeitamente organizado em termos de concepções e com um resultado que, embora nesta altura não seja considerado importante, reflectiu que a equipa de Paulo Alves tem potencial para voos de altitude considerável. É que, é bom que se leve em linha de consideração, o adversário chamou-se Sporting de Braga, uma das mais fortes equipas a apresentar na Liga Sagres que começa no dia 24 de Agosto e que, por sinal, já leva três semanas de preparação, enquanto o União apenas cumpriu a primeira.

De resto, a formação leiriense mostrou-se sempre consistente, facto que de certo modo surpreendeu se levarmos em linha de conta que a equipa actual pouco tem a ver com a que disputou a I Liga na época passada.

Denotaram os bracarenses alguma fadiga, pode-se admitir. A verdade, porém, é que a forma de jogar do grupo de Paulo Alves também contribuiu para o aparecimento desse senão por parte dos minhotos. Sintetizando, excelente estreia do União de Leiria no primeiro contacto com um adversário.

P.Alves: "Um bom princípio"Para Paulo Alves, treinador da equipa leiriense, este bom jogo não o surpreendeu: "Fiquei de facto muito feliz com a capacidade de resposta da equipa, afinal uma correspondência cabal ao que já vínhamos observando durante o estágio. É evidente que o resultado nesta altura é subjectivo, mas há que ver que defrontámos uma equipa com o potencial do Braga. Estivemos muito bem, os jogadores encaixaram bem as ideias que lhe foram transmitidas, o bloco mostrou-se organizado, enfim, foi um bom princípio. Muito bom mesmo", finalizando com um dado a ter na retina: "Repare-se que o Sporting de Braga já está a treinar há três semanas, e nós apenas há uma. E fomos nós que corremos atrás do prejuízo, já que ao intervalo estávamos em desvantagem. Sinceramente gostei muito do que vi, mas temos de dar sequência a este trabalho". (http://www.diarioleiria.pt/, 14/07/2008)


você deve ter anotado:

01. reflectiu

02. equipa

03. voos

04. facto

05. actual

06. contacto

07. estreia

08. subjectivo

09. defrontámos

10. ideias

11. já está a treinar

12. sequência


O "C" oclusivo que aparece nos itens reflectiu, facto etc faz parte do uso corrente em Portugal e em outros países de Língua Portuguesa, com exceção do Brasil. Está devidamente regulamentado no acordo de 1990, exatamente porque em outros países de LP já é utilizado. Aqui no Brasil o uso continua facultativo, mas aconselha-se não utilizar.


O termo equipa constitui variação de equipe (no texto tem sentido de time, equip de futebol). Em Portugal, evitam-se estrangeirismos. EQUIPE constitui um galicismo, assim como VITRINE, MANICURE... deve-se portanto utilizar vitrina, manicura, pedicura, equipa, para preterir o galicismo.


"Está a treinar" (verbo principal no infinitivo) também é preferência lusitana ao uso corrente no Brasil estamos treinando (verbo principal no gerúndio).


As demais sequências já são correntes nos outros países de Língua Portuguesa, mas não no Brasil.Uma das regras de acentuação gráfica estudadas aqui diz: acentuam-se os ditongos abertos éu, ói, éi (céu, jóia, idéia)) para estabelecer diferença com os ditongos fechados eu, oi, ei (meu, dois, colmeia). Essa regra deixa de existir, e os motivos não são difíceis de entender, pois já se escreve em Portugal estreia, ideia, cadeia, papeis, candeia.


Sequência sem trema (¨)? é, o trema foi outra víctima, para usar uma grafia lusa, da já famigerada mudanaça gráfica estabelecida pelo não menos famigerado acordo. Assim linguiça, frequência, preguiça, guerra serão escritas da mesma forma. Cabe portanto ao bon senso e conhecimento linguístico (estou treinando para não utilizar mais o trema) a correta pronúncia das palavras quando o U for pronunciado (ligüística) aos invés de ser mero sinal diacrítico (requisito)


E voos sem acento, assim como leem, veem, creem, doo. Lembremos que a orientação corrente diz para acentuarmos o primeiro E e O dos hiatos EE OO, quando forem tônicos.


Por último a forma defrontámos. Causa-nos talvez o maior estranhamento. É outra imposição do acordo a que temos de nos adequar. Trata-se da distinção que em Portugal se faz entre pretérito perfeito e presente do indicativo. Assim:

Nós cantamos sempre. e Nós cantámos ontem

Nós nos defrontamos todos os dias com nossos medos. e Nós nos defrontámos com nossos medos ontem durante a análise.

Mas é bom lembrar que essa acentuação é facultativa.


Até breve!

sábado, 12 de julho de 2008

ORTOÉPIA E PROSÓDIA


PARA ANALISARMOS AS MUDANÇAS HAVIDAS NO QUESITO ACENTUAÇÃO, AS MAIS RADICAIS ENTRE AS ALTERAÇÕES, REVISAREMOS UM POUCO DE ORTOÉPIA E PROSÓDIA.


ORTOÉPIA:
Ortoépia é a correta pronúncia dos grupos fônicos. A ortoépia está relacionada com: a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das consoantes e a ligação de vocábulos dentro de contextos. Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia. Alguns exemplos:

a- pronunciar erradamente vogais quanto ao timbre:
pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): omelete, alcova, crosta...
pronúncia errada, timbre aberto (é, ó):omelete, alcova,crosta...

Ob.: é de bom alvitre dizer /obéso/ e não /obêso/

b- omitir fonemas: cantar/ canta, trabalhar/trabalha, amor/amo, abóbora/abóbra,prostrar/ prostar, reivindicar/revindicar...
c- acréscimo de fonemas: pneu/peneu, freada/ freiada,bandeja/ bandeija...

d- substituição de fonemas: cutia/cotia, cabeçalho/ cabeçário, bueiro/ boeiro

e- troca de posição de um ou mais fonemas: caderneta/ cardeneta, bicarbonato/ bicabornato, muçulmano/ mulçumano

f- nasalização de vogais: sobrancelha/ sombrancelha, mendigo/ mendingo, bugiganga/ bungiganga ou buginganga

g- pronunciar a crase: A aula iria acabar às cinco horas. (sim)

A aula iria acabar a as cinco horas (não)

h- ligar as palavras na frase de forma incorreta:
correta: A aula/ iria acabar/ às cinco horas.
exemplo de ligação incorreta: A/ aula iria/ acabar/ às/ cinco horas.


PROSÓDIA
A prosódia está relacionada com a correta acentuação tônica das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta.
Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que freqüentemente geram dúvidas quanto à prosódia:
1) oxítonas:
cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter.

2) paroxítonas:
avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia,ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pudico, rubrica, tulipa.

3) proparoxítonas:
aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago,antídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro.
Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta. Exemplos:
acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo/ Oceânia e Oceania/ réptil e reptil/ xerox e xérox e outras.
Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação:
Exemplo: valido/ válido
Vivido /Vívido

Até breve!


NOVO ALFABETO


O ALFABETO


O alfabeto da Língua Portuguesa, de acordo com as novas resoluções, é composto de 26 letras, a saber:

A, B, C, D, E F, G, H, I ,J ,L, M, N, O, P, Q, R, , S, T, U, V, X, Z, K, Y, W


Ou seja, foram acrescentadas as letras K, Y e W, as quais deverão ser utilizadas apenas nos seguintes casos:

a) antopônimos, nomes de pessoas, originários de outras línguas e seus derivados.

Ex.: Kant - kantismo

Washington - washingtotiano


b) nomes de lugar, topônimos, nas mesmas circunstânxias

Ex.: Malawi - malawiano

Kuwait


c) Em siglas e símbolos de caráter universal

Ex.: W - oeste

K - potássio


É importante lembrar que para haver certo respeito ao idioma os futuros pai e mães devem utilizar nos nomes dos filhos antropônimos e letras mais condizentes com a Língua Portuguesa. Isso quer dizer que não devemos utilizar nomes esdrúxulos, que vão de encontro ao bom senso, como Alfredo Prazeirozo Texugueiro, Wanslívia Heitor de Paula, Adolpho Hitler de Oliveira.

Por favor não confundir nomes estranhos com nomes estranhados pelo pouco uso, como é o caso de Genoveva, Livramento, Maria dos Povos, ou mesmo o sobrenome hispano-americano Farrapeiro.


Até breve!

sexta-feira, 11 de julho de 2008


Nos dias 14, 15 e 16 de dezembro de 1990, ou seja, há dezoito anos, realizou-se em Lisboa o acordo ortográfico que substituirá, a partir de 2009, o antigo, de 1971. É bom salientarmos que esse acordo foi votado pelo congresso Nacional Brasileiro em 18 de abril de 1995. Enquanto que em Portugal só agora ele foi sancionado, mas por que tanta pressa brasileira e tanta morosidade lusitana? A resposta é uma só: complexo de colonialismo.


Algo que queremos ainda questionar aqui é quem vai de fato se beneficiar com as mudanças estabelecidas pelo acordo. Conforme veremos em nossas análises, é fácil identificar quem vai perder, o Brasil, é claro.


A partir de amanhã, 12/07/2008, iniciaremos nossas postagens, sempre trazendo algo interessante para os leitores e procurando esclarecer dúvidas que sejam colocadas.